Análise: Call of Duty: Modern Warfare 3 (Wii) - Full Gamers: Análise: Call of Duty: Modern Warfare 3 (Wii)

Análise: Call of Duty: Modern Warfare 3 (Wii)

Mais um ano se foi e mais um Call of Duty saiu do forno.
É padrão na indústria de jogos de tiro em primeira pessoa, lançar um novo capítulo de suas séries anualmente, trazendo poucas novidades, história genérica, muitos tiros e a coroação do jogador como herói de guerra.
Modern Warfare 3 é a mais nova investida da franquia Call of Duty e segue na mesma linha de seus antecessores. Para quem já conhece a fórmula e a franquia, em seus episódios de guerra moderna, não encontrará grandes novidades em MW3 no quesito gameplay. Isso, todavia, não é uma coisa ruim, na medida em que permite ao jogador experiente pegar o controle e já saber o que fazer.
Embora não haja nada de novo aí (inclusive defeitos, como o enlouquecimento da mira quando o cursor momentaneamente fica fora da tela, estão de volta) a sensação de atirar mirando na tela com o pointer (e não brigando com um segundo analógico para tentar mirar em alguma coisa) é muito boa e realista.
A maior novidade dessa nova edição de CoD: MW é o fato de que, ao contrário de seus antecessores, o game é exatamente o mesmo oferecido nos consoles de alta definição (na campanha principal), sem cortes. Tal fato é louvável, pois a campanha principal tem cerca de 7 horas (se o jogador se dedicar a assistir a todos os vídeos) e se fosse editada, não sobraria muito para se jogar.
A semelhança entre todas as versões de MW3 não necessariamente importou em gráficos de altíssima qualidade no Wii, se comparadas às versões HD. Entretanto, fazer tal comparação é uma enorme injustiça, dadas as diferenças entre os hardwares. Se comparado com jogos outros para Wii, MW3 pode ser indicado como um dos melhores gráficos já vistos na plataforma e, certamente, o melhor entre os FPS existentes no console.
A experiência se mostra bastante imersiva com a vasta destruição dos cenários e a movimentação de partículas de poeira, fumaça, água e detritos de explosivos. O ambiente é bastante elaborado para simular com a maior exatidão possível, e pretendida pelos programadores, a arquitetura de cidades famosas do globo, bem como emular um campo de batalha nas ruas, dentro de prédios, esgotos, linhas férreas, fundo de rios e favelas.
É bem verdade que alguns momentos se apresentam excessivamente escuros, mas, em se tratando de locais que, se fossem reais, não teriam mesmo acesso a luz solar em meio ao caos estabelecido pela guerra, a escuridão faz sentido e não pode ser criticada.
O enredo de MW3 traz os mais variados e repisados clichês de filmes de ação, para justificar uma guerra de escala global. Para isso, abusam-se das fórmulas de salvamento de donzelas (no caso, importantes no cenário político do mundo virtual) e da infindável caça dos soldados americanos aos terroristas que não medem esforços para ver o planeta sucumbir.
Embora a dramaturgia não seja brilhante, não prejudica, de forma alguma, a experiência vivida no jogo. Aliás, não se espera muito da narrativa de um jogo de tiro. O que se quer é atirar muito e se sentir o próprio Rambo.
Simplesmente sair gastando munição, porém, não funciona sempre em MW3. Muitas missões exigem concentração do jogador e passagem discreta pelos inimigos, evitando-se ao máximo o uso de sua arma (excepcionalmente, nessas missões é possível atirar apenas com silenciador ativado).
As missões são variadas e evitam que o jogo caia na mesmice ou monotonia. Na verdade, é difícil encontrar monotonia em MW3, pois a ação é frenética e sucessiva. O jogo é tenso. Um sem número de vezes, quando o jogador acha que se deparou com o momento mais forte daquela missão, de repente tudo explode, ou você cai de um prédio, ou o prédio cai a sua frente. As missões, em sua maioria, são eletrizantes, principalmente aquelas que envolvem veículos em alta velocidade e batalhas campais com avanço de frotas a pé, que deixam o jogador com o coração acelerado.
Na edição para Wii, MW3 também apresenta os modos SpecOps (survival) e o multiplayer. O primeiro se trata de um modo cooperativo que traz uma horda de inimigos para sanar sua sede por tiros. O problema desse modo, devido ao número de elementos na tela, é a constante queda brusca de framerates, abaixo de 30 fps, o que torna a experiência frustrante.
O modo multiplayer permite a jogatina online e, nesse ponto, o jogo se destaca. O sistema de partidas online não perde em nada com relação aos oferecidos pelas demais plataformas, diferindo destas apenas no que toca à necessidade da troca de friend-codes para alguns tipos de partida.
Enfim, MW3 é a versão definitiva da franquia no Wii (e provavelmente a última do console) e se mostra como um dos melhores FPS já feitos para a plataforma de mesa da Nintendo.  Devido a intuitividade dos controles, a imersão e a tensão das sequências de ação, MW3 consegue prender a atenção do jogador o tempo todo, trazendo horas de diversão.

Nota: 9.5

0 comentários: sobre Análise: Call of Duty: Modern Warfare 3 (Wii)

Postar um comentário para Análise: Call of Duty: Modern Warfare 3 (Wii)

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...